Historicamente, existem dois tipos de renda, de bilro e de agulha.
No início, as rendas eram uso exclusivo do Clero e Nobreza. Usadas em adornos de cabeça, babados e enfeites. Apenas no início do século XIX foi possível vê-las em vestidos, véus, casaquinhos e lenços.
Uma das rendas de agulha é conhecida como Renascença. Surgiu na ilha de Burano, em Veneza, na período da Renascença, por isso seu nome.
Foi trazida para o Brasil por freiras européias e era ensinada nos conventos e colégios internos de Pernambuco.
A renda Renascença é um trabalho exclusivamente artesanal. Sua trama é executada a partir de um desenho riscado em papel manteiga, fixado em almofada e executada com agulha comum, utilizando linha e lacê (fita de algodão que une as tramas).
As peças demoram de semanas a um ano para ficarem prontas, dependendo do tamanho.
O bordado delicado difundiu-se por aqui pelas mãos das rendeiras nordestinas, que passam a arte de geração em geração.
Cada ponto da Renascença recebe um nome especial, inspirado em sentimentos, elementos da natureza ou alimentos da região.
Fonte: Livro – Enciclopédia da Moda– O’hara, Georgina.
Casa Abril
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